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Telescópio James Webb versus Hubble

Telescópio Hubble

O Telescópio Espacial Hubble, em inglês Hubble Space Telescope, é um satélite artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para luz visível e infravermelha. Foi lançado pela NASA em 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery (missão STS-31). O Hubble já recebeu várias visitas da NASA, em órbita, para manutenção e substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes.

O telescópio é a primeira missão da NASA pertencente aos Grandes Observatórios Espaciais (Great Observatories Program), que consistem numa família de quatro observatórios orbitais, cada um observando o Universo num comprimento diferente de onda: luz visível, raios gama, raios-X e infravermelho. Pela primeira vez se tornou possível ver e estudar, com muito mais detalhe, estruturas do Universo até então desconhecidas, ou pouco observadas, além da nossa galáxia. O Hubble, de uma forma geral, deu à civilização uma nova visão do universo e proporcionou um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII.

O Telescópio Espacial Hubble

Telescópio James Webb

O Telescópio Espacial James Webb é um telescópio espacial desenvolvido em conjunto pela NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA), com a finalidade de colocar no espaço um observatório para captar a radiação infravermelha. O telescópio deverá observar a formação das primeiras galáxias e estrelas, estudar a evolução das galáxias e ver os processos de formação das estrelas e dos planetas. O telescópio foi inicialmente denominado de Next Generation Space Telescope ou NGST. O termo "Next Generation" refere-se ao fato que se pretende que ele venha a substituir o Telescópio espacial Hubble, pois após o seu lançamento, novas tecnologias foram desenvolvidas, permitindo construir o novo telescópio sob uma nova concepção. Posteriormente o telescópio foi renomeado em 2002, em honra a um antigo administrador da agência espacial americana, James Edwin Webb, que liderou o programa Apollo, além de uma série de outras importantes missões espaciais.

Este telescópio tem a intenção de substituir parcialmente as funções do telescópio espacial Hubble. Sua massa equivale a aproximadamente metade do Hubble, porém seu espelho primário possui um diâmetro 2,5 vezes maior e uma área de espelho seis vezes maior que a do Hubble, permitindo captar muito mais luz.[8] O telescópio também deverá ter um melhor equipamento para captar a radiação infravermelha. Ele também deverá operar bem mais distante da Terra, orbitando no halo que constituí o segundo ponto de Lagrange L2.



O espelho principal do James Webb na enorme sala do Goddard Space Flight Center da NASA.

Como o telescópio James Webb se diferencia do Hubble?

O Hubble foi fundamental na exploração espacial e deve continuar sendo usado por pesquisadores para obter imagens na luz visível e ultravioleta. Por outro lado, o James Webb enxerga no espectro infravermelho, captando galáxias e estrelas que estão a até 13,5 bilhões de anos-luz de distância. 

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

A imagem mostra o SMACS 0723, um campo repleto de aglomerados de galáxias massivas. Essas galáxias distorcem a luz dos objetos atrás delas, ampliando-os como uma lupa e permitindo uma melhor observação de sistemas distantes e fracos. A imagem do James Webb ganha em profundidade e nitidez. Ela é, na verdade, a melhor foto já feita do Universo até hoje. Se você prestar bastante atenção, verá pontinhos vermelhos que não haviam sido revelados antes: são essas as galáxias que interessam agora para os cientistas.

Nebulosa do Anel do Sul

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

A Nebulosa do Anel do Sul nada mais é do que um aglomerado de gás em constante processo de expansão. Ela envolve uma estrela binária nos estágios finais de sua vida e está localizada a 2 mil anos-luz da Terra. A foto do James Webb é infinitamente mais nítida, mostrando até mesmo outras galáxias e estrelas que cercam o sistema. 

Quinteto de Stephan

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

O Quinteto de Stephan é formado por um conjunto de cinco galáxias. Ele está a cerca de 290 milhões de anos-luz da Terra e foi o primeiro grupo de galáxias descoberto na história, no ano de 1877. 

O destaque, mais uma vez, vai para o maior número de galáxias capturadas ao fundo da imagem pelo James Webb. Além disso, a foto do novo telescópio destaca as emissões de gás (em laranja) ocasionadas pelo processo de fusão dos sistemas.

Nebulosa Carina

Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team/Reprodução

A Nebulosa Carina é lar de muitas estrelas massivas, algumas maiores que o Sol, e está localizada a 7,6 mil anos-luz de distância da Terra. Ela é considerada uma das maiores e mais brilhantes nuvens interestelares do espaço. 

De longe, é a imagem mais impressionante obtida pelo James Webb no quesito beleza. Esse é um exemplo simples da diferença entre o Hubble e o Webb: enquanto o primeiro para nas nuvens de gás, o segundo vai além e mostra as estrelas que estão nascendo no meio daquele espaço.

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